Dentro de mim há um tudo.
Um tudo que não tem definição. Um tudo que é alguma palavra jamais pronunciada em língua nenhuma. Um tudo que, ao olhar para dentro, vê grandeza o suficiente em si mesmo, a ponto de saber de sua essência, ainda que não a conheça; ela o é apenas reconhecida enquanto existente. E esse mesmo tudo se vê insignificante ao olhar para fora e crer na infinitude celeste. É um tudo incompreensível que se manifesta dentro de mim quando sinto o vento no rosto, quando mato as saudades de quem amo, quando vejo o amor em situações inimagináveis, quando renovo minhas energias num banho de mar... Um tudo que está dentro de mim, e reconhece sua sinceridade de uma forma que só ele é capaz. E esse "tudo" é quase nada em sua humildade, mas, ao mesmo tempo, é do tamanho do inexplicável.