sua carta nunca lida
ainda está na minha gaveta
por fraqueza abro uma fresta
e vejo só a silhueta
alguma coisa muito grande
pulsa forte ali dentro
tento fingir que não ouço
mas sempre me desconcentro
suas palavras quase gritam
num gromelô inovador
mas não adentram meu ouvido
pois têm um medo a transpor.
esse medo é um apagador
de tudo aquilo que você diz
dessa forma, me ensurdece
e resta só o pó do giz.
se eu não fosse tão covarde
já saberia o que está escrito
mas receio o que vou ler
e depois não pode ser desdito.
acho que a melhor solução
é deixá-la aonde está.
então continuemos assim:
você aí e eu cá.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Mentira
minha confusão incessante
estagnou meus pensamentos
o medo de te machucar
virou o maior dos tormentos.
quero abrir mão de nós
para você não correr riscos.
parecem reticências,
mas acho que são asteriscos.
ao invés de tentar não
vou preferir não tentar.
mas não está dando certo
sinto falta do ar.
ter você e recusar
é tarefa cansativa.
prefiro não ter que optar
para não ficar na defensiva
portanto, combina-se assim,
vamos logo esclarecer:
você fica longe de mim,
doa isso o que doer.
estagnou meus pensamentos
o medo de te machucar
virou o maior dos tormentos.
quero abrir mão de nós
para você não correr riscos.
parecem reticências,
mas acho que são asteriscos.
ao invés de tentar não
vou preferir não tentar.
mas não está dando certo
sinto falta do ar.
ter você e recusar
é tarefa cansativa.
prefiro não ter que optar
para não ficar na defensiva
portanto, combina-se assim,
vamos logo esclarecer:
você fica longe de mim,
doa isso o que doer.
terça-feira, 15 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
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