terça-feira, 19 de abril de 2011

menina nina

marina menina
hoje completa anos
sonha com seu futuro
viagens e outros planos.

marina morena
e seus tantos amores
dentro de ti, tão pequena
cabem dores e flores.

marina margarida,
sei que há de lembrar
que sua Flor mais querida
hoje no céu vai brilhar.

vai cantar com alegria
doce canção de amor
embalar os teus sonhos
com carinho e louvor.

marina sorridente
do sorriso espontâneo
com olhar que traduz
sentimento momentâneo.

marina, já diz o nome
é a que veio do mar
o cabelo denuncia:
deve ser de Iemanjá!

marina que escreve
com espantosa emoção
e a sinceridade já serve
pra ver teu coração.

menina nina, querida
do fundo do coração
aproveite seu dia
com muita diversão!

desejo que esta data,
seja de pura felicidade
pr'aquela que surpreende
pela maturidade.

siga a vida lembrando
da importância do Amor
vindo dos poucos e bons
que amenizam tua dor...

quando achar que já deu,
não se canse de lutar:
apenas abra a janela
E DEIXE O SOL ENTRAR!

conforme

deito ao teu lado, meu anjo
e todo dia agradeço
por essa imensidão de amor
que não sei se mereço

do jeito que és,
já me fazes feliz
nunca pensei em receita
mas veio bem como eu quis

tenho um amigo irmão
companheiro namorado
independente do caminho
seguiremos lado a lado

teu olhar sempre sincero
denuncia constantemente
o doce homem que se forma
nessa criança inocente

a inocência cativa
de forma inesquestionável
mas não deixa sombra de dúvidas
de um homem notável

a maturidade assombrosa
encanta cada vez mais
assume sempre os erros
como ensinaram seus pais

tenho por ti, meu amor
um sentimento sincero
e eu sei que é recíproco
ou assim eu espero

de hoje em diante
vou te pedir um favor
apenas não duvide
do que eu chamo de Amor

desacato à autoridade

as palavras estão presas neste papel
e por mais que possam se soltar
numa forma idêntica,
aqui estão.
e ainda que daqui saiam,
aqui já estiveram,
portanto, aqui estarão.

na ponta desse lápis
que se doa
se desfaz
se autodestrói
para fazer
me fazer
e refazer
aquilo que não consigo dizer.

a dormência me entrega

a dormência me entrega.
me entrego à dormência.
a dormência de meus dedos
escrevendo sem parar
palavras sem pensar.

a dormência de minhas pernas
dobradas há muito
numa posição que não é confortável o bastante
nem importante o suficiente
a ponto de querer mudá-la.

a dormência de meus olhos
que, num piscar imperceptível,
não cedem ao cansaço
mesmo ligados neste papel,
servindo de elo entre o mesmo
e o mundo aqui fora.

a dormência
de uma dor no coração.
a dormência
de uma dor na mente
que não mente
da dor que se sente.

a dor me entrega.
eu me entrego à dor.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O pássaro na árvore

Olhei pela janela e vi
o passáro
na árvore.

Saí pisei pulei molhei
e quando voltei o
pássaro ainda estava
na árvore.

Dormi, acordei, e me acostumei com
o pássaro
na árvore.

Todo dia de manhã
o pássaro cantava
na árvore.

Todo dia à tarde
o pássaro pousava de galho em galho
na árvore.

Todo dia à noite
o pássaro voltava para o galho inicial
na árvore.

Um belo dia
o pássaro não estava mais
na árvore.

Até hoje não sei porque achei que seria um belo dia.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Não choro sozinha

janelas paredes portas pessoas
passam por mim sem se sentirem notadas
choram comigo
mostrando o desencanto deste dia
cinzento, frio e quase estático,
se não fosse pelo turbilhão de coisas
dentro da minha cabeça,
que se confunde com o turbilhão
de nada
em algum outro lugar
dentro de
mim.

Contagem

Eu não sabia como contar...
Então, resolvi fazer da maneira mais básica possível:
1, 2, 3, 4...

(31 de março de 2011)

Sem título

Será que é o fim?
Não, de fato, independente do que seja É um fim.
Mas, mais do que um fim... será que já é um começo?
Não, de fato, independente do que seja, se é um fim, É um começo.

Mas é mais fim ou mais começo?


(25 de março de 2011)