Vivizinha, minha neta,
Bochechinha de carmim
És uma flor bonitinha
Que nasceu no meu jardim.
És a bela borboleta
Que esvoaça no meu céu
Vais crescer moça tão linda
De se tirar o chapéu...
O Vovô não sabe ainda
Quantos anos vai viver
A vida da gente finda,
Só não se sabe por quê
Quando partir desse mundo,
Uma coisa eu decidi:
Não podendo estar contigo,
Ficarei de olho em ti..."
Falcão, Paulo Waldemar. O cristalino espírito da vida. Rio de Janeiro: Editora Elevação, 1999
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ALMA DE PAPEL
Na alma deste papel molhado,
Reside a saudade de ti,
Vovô querido.
Na alma deste papel amassado,
Reside o orgulho de ser tua neta,
Vovô amigo.
Na alma deste papel guardado,
Reside a lembrança, querido Vovô amigo
Do cristalino espírito de tua vida.
Paty do Alferes, RJ - 05 de junho de 2010