O homem cansou
de sentir,
de fazer,
de tocar,
de experimentar.
O homem não quer
suar,
cheirar,
ouvir
ou perceber.
O homem está preso
ao moderno,
ao industrial,
ao inorgânico,
ao artificial.
O homem gosta
da máquina,
do dinheiro,
de controlar o tempo,
de ser soberano no mundo.
Mas o homem não lembra
de sua origem,
da Natureza,
da arte,
da Paz...
Como este homem pretende
ter lembranças de sensações?
As únicas lembranças vão ser
do tempo perdido,
do dinheiro gasto,
da semente que não floresceu,
do gosto da comida artificial,
do cheiro de fumaça.
Não se lembrará
do que tocou,
do que viu além de olhar,
do cheiro da terra,
da Terra,
da borboleta que esvoaçou à sua frente,
da textura da argila,
da cor da Vida,
e há de lamentar
a vida perdida.
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